O ESG – Environmental, Social and Governance é uma sigla em inglês que representa os critérios ambientais, sociais e de governança adotados por uma organização.
Eles são cada vez mais importantes para o mercado, que considera o estágio de maturidade de uma empresa em relação a esses quesitos para decidir se ela representa um bom investimento.
Em outras palavras, os investidores não avaliam apenas os lucros e a expansão organizacional, mas verificam se a companhia possui práticas concretas voltadas aos cuidados com:
- meio ambiente – analisa a agenda de sustentabilidade criada para zelar pelo patrimônio ambiental;
- responsabilidade social – como ocorre o relacionamento com os colaboradores, fornecedores, clientes e com a comunidade; e
- transparência na gestão – quais são os controles internos e a forma como a instituição lida com o compliance, bem como a gestão fiscal e contábil.
Esses critérios são determinantes para a formação da imagem organizacional, sendo considerados itens essenciais para grande parte dos consumidores. Ou seja, cada vez mais, o público prefere adquirir produtos e serviços de empresas que contribuam positivamente com a evolução da sociedade. O fato é, que os consumidores buscam cada vez mais organizações com propósito e com práticas ambientais e sociais.
Sendo tão importante, o ESG precisa estar na pauta das organizações que desejam crescer de modo contínuo.
Diante disso, esse é o assunto de hoje neste artigo que vai enfocar o terceiro pilar da ESG, a governança e suas implicações na gestão fiscal e contábil.
Qual é a relação entre ESG e responsabilidade tributária?
Quando falamos em ESG, um dos pontos de destaque é a consciência das empresas em relação ao seu papel de ajudar na evolução da sociedade.
Nesse sentido, além de sua colaboração com as pessoas e com a natureza, entra em cena a responsabilidade relacionada aos tributos recolhidos. Assim, o recolhimento das taxas deve ser criteriosamente obedecido, como forma de atender a legislação, mas também por entender que o repasse desses valores exigidos pela lei deverá ser revertido em benefícios para a população.
Em contrapartida, sonegação ou pagamentos indevidos significa mais do que uma economia ilícita: significa prejuízo social.
Isso não quer dizer que a companhia não deve buscar os regimes mais vantajosos para seus negócios. Pode e deve, desde que essa opção seja feita dentro dos meios legais.
Transparência fiscal não é opção, mas exigência de mercado
Dentro da estratégia ESG, a governança tem forte ligação com a transparência fiscal, incluindo a forma como cria-se a estrutura dos comitês de auditoria, os cuidados para o recolhimento justo de tributos e as medidas para evitar transações duvidosas, por exemplo. Mesmo porque esse recolhimento é uma maneira de manter a engrenagens rodando, não é mesmo?
Além do mais, a verdade é que, sem impostos, o sistema ruiria e não seria possível manter a engrenagem social em funcionamento (mesmo que com diversas falhas).
Outro ponto importante a ser considerado é que as grandes empresas precisam informar adequadamente seus stakeholders – colaboradores, mídia, consumidores, acionistas, comunidade etc.
É fundamental cultivar um bom relacionamento com esse público, pois faz parte da estratégia ESG e contribui diretamente na formação da imagem organizacional. Por isso, relatórios de transparência estão sendo cada vez mais usados por organizações que sabem que a transparência gera benefícios aos negócios.
Benefícios fiscais e tributários: alinhado com a prática de ESG
Já falamos anteriormente que adotar a estratégia ESG não significa aumentar o recolhimento dos tributos para a sua empresa.
Na verdade, o que o ESG propaga é que as empresas precisam ser corretas e claras em suas transações. E, com uma eficiente gestão tributária e gestão fiscal é possível estar em compliance e, ainda assim, fazer uso dos benefícios assegurados em lei.
É o caso, por exemplo, dos incentivos fiscais, os quais possibilitam que a companhia destine parte de seus impostos para projetos de bem-estar social.
Existentes nas esferas federal, estadual e municipal, esses benefícios fiscais e tributários permitem empregar parte dos valores para incentivar projetos culturais e sociais – o que está totalmente de acordo com as especificações do ESG.
Governança Tributária eleva confiança da instituição
Chamamos de governança tributária o controle que permite reduzir riscos e, ao mesmo tempo, aumentar a confiabilidade do mercado em relação a uma empresa.
Implementada para criar uma excelente relação entre fisco-empresas, a governança tributária eleva a reputação da companhia e garante que ela esteja em compliance.
Também colabora para que a organização pague somente os tributos exigidos por lei. Assim sendo, é uma forma eficiente de colaborar para que a empresa esteja de acordo com as exigências do ESG.
Nesse sentido, vale citar a questão da reforma tributária brasileira, tendo em vista que a alta carga tributária é um grave problema no Brasil. Mas, segundo especialistas, não é o único. Isso porque, mesmo pagando altos impostos, esses valores não chegam à sociedade da forma como deveriam.
Ou seja, as empresas e os indivíduos pagam uma alta carga tributária, mas não recebem de volta educação, saúde e outros itens na qualidade desejada. Isso leva as empresas a investirem em benefícios que, teoricamente, deveriam ser fornecidos pelo próprio poder público.
Concluímos, portanto, que a reforma tributária é essencial para a saúde financeira das organizações e para o crescimento econômico do país e da sociedade.
Tax Compliance: mais do que tendência, necessidade
A conformidade tributária, o chamado Tax Compliance, é essencial para as empresas.
Especialmente em um país onde as mudanças na legislação fiscal e tributária são constantes e as leis são tão complexas, a melhor maneira de estar sempre em compliance fiscal, atendendo aos critérios da ESG, é adotando tecnologia especialmente desenvolvida para essa finalidade.
Uma solução moderna e completa como ONESOURCE TAX ONE, o software tributário mais importante do mercado, acompanha todas as mudanças da legislação brasileira nos âmbitos federal, estadual e municipal. Assim, sua empresa garante maior eficiência, economia e agilidade na gestão fiscal e tributária, facilitando a conformidade com os critérios ESG (Ambiental, Social, e de Governança).