A Receita Estadual divulgou, na quarta-feira (12/08), a 20ª edição do Boletim Semanal sobre os impactos da COVID-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS no Estado.
O resultado da arrecadação de ICMS em julho foi de redução de -5,3% (R$ 150 milhões) em relação a julho de 2019, já com os números corrigidos pelo IPCA. A maior parte dessa variação refere-se a fatos geradores do mês anterior, junho, quando os indicadores de atividade começaram a mostrar sinais de recuperação.
Este foi o melhor desempenho desde o início da pandemia. Em meses anteriores, a arrecadação havia caído: -14,8% (R$ 450 milhões) em abril, -28,6% (R$ 825 milhões) em maio e -13,9% (R$ 400 milhões) em junho.
No acumulado do ano, a queda é de -7,3%, com uma arrecadação de R$ 1,52 bilhão a menos do que em 2019. O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, destaca que, no primeiro trimestre, o desempenho foi positivo, com um crescimento real de +3,5%. Isso foi impulsionado por diversas medidas adotadas pelo Fisco, especialmente pela agenda Receita 2030, que visa modernizar a administração tributária gaúcha.
Setores com Crescimento
O número de setores com crescimento dobrou em relação a junho, confirmando o cenário de retomada. Seis setores registraram alta: Transportes (+112,9%), Supermercados (+37,0%), Eletrônicos e Artefatos Domésticos (+31,0%), Móveis e Materiais de Construção (+17,0%), Produtos Médicos e Cosméticos (+11,1%) e Metalmecânico (+0,6%).
Por outro lado, oito setores apresentaram queda. Os piores desempenhos ocorreram em Combustíveis e Lubrificantes (-28,5%), Calçados e Vestuário (-25,1%), Comunicações (-22,3%) e Veículos (-20,7%).
Avanços no Setor Econômico
Esses avanços refletem a retomada das atividades econômicas, também visível em outros indicadores acompanhados pelo Fisco. A emissão de Notas Eletrônicas (NF-e + NFC-e) aumentou 7,2% na segunda quinzena de julho, comparado ao mesmo período de 2019. Este é o melhor desempenho desde março.
As vendas da Indústria, Atacado e Varejo também tiveram variações positivas: +7,3%, +13,8% e +0,7%, respectivamente. Dos 19 setores industriais analisados, 17 apresentaram crescimento, o melhor cenário desde o início da crise.
Destaques Regionais
No Atacado, destacaram-se os setores de Insumos Agropecuários, Alimentos, Máquinas e Equipamentos, Veículos, Medicamentos e Material de Construção. No Varejo, a análise por região mostra que apenas quatro das 28 regiões do Estado apresentaram variações negativas: Hortênsias, Metropolitano Delta do Jacuí, Vale do Rio dos Sinos e Serra.
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Fonte: SEFAZ-RS.