A Receita Estadual do Rio Grande do Sul publicou, em 17 de junho, a 12ª edição do Boletim Semanal. Este boletim analisa os impactos da COVID-19 nas movimentações econômicas dos contribuintes de ICMS, com foco nos indicadores do varejo, atacado, indústria e combustíveis.
Melhorias nas Vendas do Varejo
Os dados mais recentes destacam uma recuperação nas vendas do varejo. No período entre 6 e 12 de junho, as vendas cresceram 1% em relação ao mesmo período de 2019, apesar do feriado de Corpus Christi. Esse crescimento, embora modesto, interrompeu uma sequência de 11 semanas consecutivas de quedas, que chegaram a 39% e 38% nos meses de março e abril. O subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, enfatizou que este avanço foi importante, pois indicou uma recuperação no setor, após uma série de perdas.
Entre os setores do varejo, o de “Vestuário” se destacou, embora ainda negativo, com uma variação que melhorou de -23% para -10%. Além disso, “Lojas de Departamento e Magazines”, “Móveis” e “Materiais de Construção” também apresentaram bom desempenho, com crescimento médio de 21,6%. Apesar desses ganhos, o varejo ainda registrou uma queda de 16% no acumulado de março a junho.
Atacado e Indústria: Desempenho Variado
O setor de Atacado seguiu uma tendência positiva, com crescimento entre 3% e 16% nas últimas semanas, já somando 8 semanas consecutivas de alta. O aumento foi impulsionado principalmente pelas vendas de “Alimentos” e “Insumos Agropecuários”. O setor de “Tabacos” também obteve um excelente desempenho, com variações na casa dos 40%. “Bebidas” registrou um crescimento de 9% na última semana, embora ainda tenha uma retração de 15% no período da crise.
No entanto, a indústria apresentou resultados mistos. Após crescimento na semana anterior, a atividade industrial voltou a ter variação negativa, com uma queda de 10%. No entanto, o setor de “Madeira, Cimento e Vidro” se recuperou, mostrando uma variação positiva de 5%. Também houve uma leve melhoria no setor de “Metalurgia”, que apresentou uma queda de 13%, o melhor desempenho desde março.
Setores com Maiores Perdas e Menores Variações
Alguns setores industriais continuaram com perdas expressivas, como “Veículos” e “Coureiro-Calçadista”, que registraram quedas de 59% e 58%, respectivamente. Em contraste, os setores de “Arroz” e “Suínos” apresentaram as maiores variações positivas, com crescimentos de 43% e 41%.
Desafios e Tendências nos Combustíveis
O mercado de combustíveis também foi fortemente impactado pela pandemia. O etanol, em particular, viu uma queda nas vendas de 40% no acumulado do ano, com uma retração ainda maior de 57% entre março e junho. A gasolina, por outro lado, apresentou uma redução de 12% no comparativo com o ano anterior, com uma queda de 22% no período analisado pelo boletim.
No entanto, o Óleo Diesel S-10 se destacou com um crescimento de 15% no acumulado do ano, e uma leve alta de 9% durante a pandemia. Embora os preços do combustível tenham caído inicialmente, nos últimos tempos, observaram-se sinais de recomposição nos preços devido a fatores internacionais relacionados ao petróleo.
Esses dados mostram um cenário de recuperação gradual, mas ainda com muitos desafios a serem enfrentados pelos setores econômicos do Rio Grande do Sul.
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Fonte: SEFAZ-RS.