O Brasil recebeu nesta terça-feira (25) a notícia de que o conselho de ministros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovou o início das negociações sobre a adesão do país à entidade. A Argentina, Bulgária, Croácia, Peru e Romênia foram as outras cinco nações que, junto com o Brasil, também receberam nesta terça-feira o convite para dar início ao seu processo de inclusão na organização. O processo até a admissão formal pode demorar de três a cinco anos. E, todos os países candidatos passam, então, por uma vasta avaliação de todos esses requisitos e podem contar com apoio nas eventuais adaptações que sejam necessárias, antes que possam ser aceitos e que recebam o convite formal como novos integrantes da OCDE.
A avaliação não tem prazo definido e é feita por mais de 20 comitês técnicos.
O processo trata-se de um longo trâmite, sem prazo fechado, que envolve desde avaliação das condições políticas, econômicas e sociais do país até eventuais necessidades de ajustes nas leis locais.
Mas o que é a OCDE?
É um grupo de cooperação entre seus membros e em parceria com outros países, com o objetivo de “construir políticas melhores para vidas melhores”, de acordo com sua descrição oficial.
Seu trabalho envolve diálogo constante com governos, parlamentos, academia e associações civis em todos os lugares do mundo por meio de pesquisas, congressos, projetos, parcerias e consultorias, por exemplo.
O trabalho é baseado em três grandes pilares: informar (por meio de coleta, análise e divulgação de dados globais); influenciar (por meio das parcerias e diálogos com as diferentes lideranças) e criar padrões de referências, em assuntos tão diversos quanto educação, impostos ou meio ambiente.
A entrada do Brasil na OCDE:
Traz diversas consequências para o país, de acordo com Furriela.
Em entrevista à CNN Rádio, ele explicou que a entidade não é mais um “clube dos ricos”: “ É uma entidade de boas práticas, é relevante o ingresso porque é um grupo exigente em vários aspectos, não somente econômicos, mas de direitos humanos, governança, meio-ambiente, é uma das organizações mais importantes da atualidade.”
“Depois do ingresso, o país é considerado de boas práticas econômicas, o que vai atrair mais investimentos internacionais e empréstimos em condições favoráveis em órgãos internacionais.”
O aspecto principal, porém, para o especialista, é outro. “A partir do momento que o Brasil se organiza, e terá que fazer reformas como a tributária para ingressar, também terá de tomar medidas para combate à corrupção, dar garantias institucionais e jurídicas.”
Esses são esforços que “são interessantes para nós mesmos”.
Fonte: CNN Brasil